segunda-feira, 17 de maio de 2010

Achados científicos: Importância dos exames de imagem e da fisioterapia em casos de Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCi)



Disciplina: DIAGNOSTICO IMAGEM APLICADO FISIOTERAPIA
Período:5º
Postado pelas alunas: Bruna Letícia, Camila Moraes, Letícia Tasca, Rafaela Aguiar e Rosane Matos.

As doenças cerebrovasculares têm um impacto muito grande na saúde da população, estima-se que seja a terceira causa de mortes no mundo. Estas doenças são compostas por um grupo heterogêneo de transtornos vasculares de diferentes etiologias. Entre eles destacam-se os Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) que podem ser isquêmicos (AVCi) ou hemorágicos (AVCh). Estima-se que 85% dos casos de AVC sejam do tipo isquêmico e 15% do tipo hemorrágico. Esse texto dará enfoque ao AVCi.

Os fatores de risco para o AVCi são: hipertensão arterial, doenças cardíacas, fibrilação atrial, diabetes e tabagismo. Além disso, o consumo de álcool e o uso de anticoncepcionais também acarretam riscos, pois eles aumentam a coagulação sanguínea, mas o principal fator de risco certamente é o envelhecimento. Tanto é que o AVC é considerado uma doença primária do idoso apesar de acometer diferentes faixas etárias.

O AVC isquêmico é o mais comum e acontece devido a uma obstrução de grandes ou pequenas artérias que irrigam o encéfalo. A obstrução reduz o fluxo sanguíneo local, o que impede a oxigenação adequada do tecido, levando a morte de células encefálicas em minutos. Desse modo as funções neurológicas específicas do local afetado serão comprometidas, gerando os sintomas ou déficits característicos. Os sintomas são variados, no AVC isquêmico o indivíduo pode apresentar fraqueza, distúrbios visuais, perda sensitiva e afasia, entre outros.

Devido à gravidade dessa doença, as instituições de saúde devem adequar sua estrutura para que sejam feitos atendimentos emergenciais nos pacientes, disponibilizando um acesso rápido á tomografia computadorizada do crânio e atendimento neurológico.A confirmação diagnóstica do AVCi deverá ser feita através de neuroimagem, ou seja, tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM). A análise do exame deverá ser feita por um médico experiente em neuroimagem, que deverá reconhecer o tipo de AVC (isquêmico ou hemorrágico) e decidir se o uso de trombolíticos será indicado.

Se o AVC for isquêmico o uso de trombolíticos deverá ser iniciado imediatamente para que o trombo seja dissolvido e o fluxo sanguíneo restabelecido, desse modo evita-se um dano maior ás células cerebrais. Já no caso do AVC hemorrágico o uso de trombolíticos não é indicado, pois pode agravar a lesão, daí a importância de uma análise rápida e correta do exame.

Quando um paciente é submetido à TC os sinais indicativos de AVCI são: visualização do trombo e um grande ramo arterial e/ou a presença de edema cerebral localizado na área acometida. Quando a isquemia acontece, as células cerebrais sofrem hipóxia e consequentemente ficam sem energia. O oxigênio é fundamental para que as células regulem a quantidade de água que entra e sai de seu interior. A falta de energia vai permitir uma maior entrada de água para dentro da célula, desse modo o tecido isquêmico sofre um edema o que diminui sua densidade. A TC é capaz de captar a densidade dos tecidos, dessa forma ele percebe a menor densidade da área e distingue o edema. O local edemaciado fica mais escuro na imagem, o que caracteriza o AVC isquêmico.

A tomografia é o método de imagem mais usado para o diagnóstico de AVC, isso acontece devido á sua maior disponibilidade e rapidez na aquisição da imagem. Mas apesar disso a ressonância magnética é muito útil na avaliação do AVCi, principalmente porque tem a capacidade de demonstrar com clareza a extensão da isquemia no encéfalo. Além disso, a ressonância assim como a tomografia, tem a capacidade de estudar a vascularização cerebral e seu fluxo sanguíneo, identificando assim áreas com déficit perfusional.

Como já foi disto a hipertensão e o sedentarismo são importantes fatores de risco para a ocorrência do AVCi, desse modo a fisioterapia pode ser de grande ajuda para a prevenção dessa doença. Os fisioterapeutas devem orientar as pessoas a praticar atividades físicas e a se alimentar corretamente, mantendo assim um estilo de vida saudável.

Mas infelizmente a maior atuação da fisioterapia acontece na reabilitação de pacientes que já sofreram o AVC isquêmico. Na maioria das vezes o paciente vai apresentar uma hemiparesia ou uma hemiplegia, fazendo com que ele se torne um paciente assíduo da fisioterapia. O tratamento, nesse caso, vai acontecer com o intuito de restabelecer as funções desse indivíduo e/ou minimizando as possíveis seqüelas deixadas pelo acidente cerebral. Mas o maior problema é que muitos desse pacientes quando voltam para casa, continuam sedentários o que pode precipitar um novo acidente, mais grave até do que o anterior.

Dado o exposto percebemos que os métodos de exames por imagem são de extrema importância na avaliação do acidente vascular cerebral isquêmico e que a atuação da fisioterapia vai ser fundamental na reabilitação do paciente. Mas é necessário que as pessoas se conscientizem e percebam que a prevenção é o melhor “remédio”, pois essa doença é muito grave e pode trazer muitos transtornos.



Artigos:
http://www.scielo.br/pdf/anp/v64n2a/a34v642a.pdf
http://www.ucb.br/mestradoef/rbcm/10/10%20-%201/c_10_1_7.pdf http://www.comciencia.br/comciencia/index.php?section=8&edicao=47&id=585

Vídeo sobre o tema:
http://www.youtube.com/watch?v=wqgL7lqVSzg&feature=related

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