segunda-feira, 17 de maio de 2010

AVC HEMORRÁGICO


Postado pelas alunas : Ana Flávia Mendonça, Riandre Flores, Samantha Oliveira e Maria Flávia.
Disciplina: Diagnóstico por imagem - 5º P.

O Acidente vascular cerebral é uma doença caracterizada pelo início súbito e perda rápida da função neurológica, gerando um déficit, decorrente do entupimento ou rompimento de vasos sanguíneos cerebrais. Pode se manifestar como isquêmico, acometendo 80% dos indivíduos, caracterizando-se pela oclusão de um vaso sanguíneo interrompendo o fluxo para uma determinada região do cérebro; ou, como é de nosso interesse, manifestar-se de forma hemorrágica.
O AVC Hemorrágico é gerado pelo rompimento de um vaso intracraniano, destinando como resposta um extravasamento de sangue para o cérebro ou para dentro do líquor, ocasionando, quando gera sintomatologia, fortes dores de cabeça, náuseas, diminuição ou perda rápida de força na face, vômitos, aumento da pressão intracraniana, dificuldade de falar e respirar, edema cerebral e até coma. As síndromes hemorrágicas podem se classificar de duas formas: subaracnóidea, onde um vaso da superfície se rompe pela alta pressão derramando sangue no espaço entre o cérebro e o crânio, e intra-cerebral, onde o extravasamento de sangue é no meio da massa cinzenta, normalmente devido a hipertensão crônica ou envelhecimento dos vasos. A hipertensão arterial e malformação dos vasos sanguíneos são causas importantes para decorrência desta patologia. A pressão alta altera as pequenas artérias formando zonas de fraqueza nas suas paredes, designadas de microaneurismas, favorecendo o rompimento; e as malformações, quando acontecem nas artérias, são chamadas de aneurismas, sendo responsáveis pela fraqueza da parede arterial beneficiando um sangramento e extravasamento de sangue para o líquor.
O quadro de deterioração neurológica que a hemorragia intracraniana ocasiona piora o prognóstico elevando ás taxas de incapacidade e, muitas vezes de mortalidade, que já é muito elevada.
A tomografia computadorizada e a ressonância magnética, através da neuroimagem, são os exames para diagnóstico mais utilizados e recomendados. São características específicas de piora do prognóstico: volume inicial da hemorragia maior que 30 centímetros cúbicos, sangramento intraventricular e localização primariamente infratentorial.
A ultrassonografia, não deve ser descartada e também se encontra como um método aceitável e bastante utilizado, principalmente em exames com recém-nascidos apresentando hemorragia intracraniana. Este exame tem como  vantagem a ausência de radiação ionizante e de sedação do paciente, além de um menor custo econômico.
 A hemorragia intracraniana de recém-nascidos se classifica como uma forma de AVC Hemorrágico, e é a enfermidade de maior prevalência do Sistema Nervoso Central de bebês pré-termos; ela pode ser classificada de acordo com seu grau de lesão, variando desde á hemorragia limitada à matriz germinal, até hemorragia no parênquima encefálico, passando pelo extravasamento e conseqüente aumento do sistema ventricular. Este tipo de hemorragia gera, em relação á elevação da gravidade, a hidrocefalia (presença de fluido cérebro-espinhal), a encefalomalácia (amolecimento ou perda de tecido cerebral) e em decorrência á estes, atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor, como complicações, sendo uma importante causa de morbidade e mortalidade neste grupo de pacientes.
Tratamentos específicos para o AVC Hemorrágico ainda não existem, sendo necessária a abordagem na sala de emergência e pré-hospitalar além da realização de um exame aplicado a imagem e exames cardíacos e neurológicos; a fim de se contrair a extensão da lesão e melhorar o quadro clínico do paciente, mesmo existindo a consciência de que esta patologia tem alto índice de mortalidade.
A cura vem na maioria das vezes acompanhada por seqüelas, fazendo com que os indivíduos acometidos por esta patologia, além de se excluírem por se sentirem “diferentes” em relação á sociedade, apresentem alterações na função sensorial, perceptiva, motora, no comportamento mental, comprometimento da linguagem e tônus muscular.
Há então a necessidade do apoio familiar e acompanhamento por profissionais da área da saúde, incluindo o fisioterapeuta que irá ajudar o paciente a entender o que lhe aconteceu e a responder eficientemente à medida que houver adaptações.
A reabilitação após o AVC significa ajudar o paciente a usar plenamente toda sua capacidade, a reassumir sua vida anterior adaptando-se a sua atual situação. O fisioterapeuta começará por atividades de mobilidade. Estas atividades o fará libertar-se de "medos" e "inseguranças" causados pelo desequilíbrio corporal. Serão realizados exercícios de fortalecimento e alongamento muscular, treino de equilíbrio e estímulos da sensibilidade.
Muitas atividades fisioterapêuticas que começaram durante o início da recuperação, são apropriadamente modificadas para desafiar e fazer com que o paciente possa progredir até sua recuperação. Serão enfatizadas combinações motoras que permitem a concretização das tarefas alimentares, higiênicas, locomoção e outras tarefas funcionais.
  


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Outros textos interessantes:

    Neurology-Acidente Vascular Cerebral

    Como funciona o acidente vascular cerebral

    Saúde é Vital - AVC Hemorrágico

 Vídeos interessantes:
  •  AVC - A doença que mais mata no Brasil – Postado pelo Jornal Gazeta

    Neurologista do Hosp. Copa D'Or fala sobre AVC ao jornal Bom Dia Brasil – Publicado pelo Bom Dia Brasil em 30 de novembro de 2009.

    Reportagem sobre a BioSmart no Paraná TV– Publicado pelo Paraná TV em 25 de novembro de 2008.

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