segunda-feira, 31 de maio de 2010

DOENÇAS ISQUÊMICAS CARDÍACAS


Postado pelas alunas : Ana Flávia Mendonça, Riandre Flores, Samantha Oliveira e Maria Flávia.
5º P.

As doenças isquêmicas cardíacas são as principais causas de morte em países industrializados, se tornando, portanto um problema de saúde pública de primeira grandeza. Segundo o DATASUS, em 1996 houveram 55.900 óbitos/residência por infarto agudo do miocárdio.  É mais comum em homens do que em mulheres e as explicações para essa incidência se relacionam a aspectos biológicos, culturais e de estilo de vida.
A explicação biológica é que a mulher tem uma proteção, o estrógeno, que tem influência direta no sistema circulatório, promovendo vasodilatação e inibindo a progressão de processos ateroscleróticos evitando, assim, processos isquêmicos. A explicação cultural está relacionada à história familiar, idade, sexo. Já quanto ao estilo de vida, relaciona-se à hábitos diários e à falta de assistência no tratamento de doenças que são fatores de risco, como: tabagismo, excesso de bebidas alcoólicas e cafeína, sedentarismo, estresse, dieta rica em colesterol e gordura saturada, hipertensão arterial, obesidade, triglicérides, diabetes mellitus, hiperglicemia, LDL-colesterol elevado e HDL-colesterol baixo.
As artérias coronárias são as estruturas que fornecem oxigênio e nutrientes necessários para o funcionamento adequado e saudável do músculo cardíaco. O estreitamento destes vasos sangüíneos gera queda na oferta de oxigênio evoluindo para um quadro de isquemia. Esse desequilíbrio entre a oferta e a demanda de oxigênio, pode gerar dois quadros, a Angina e posteriormente o Infarto.
A Angina Pectoris ou angina do peito é caracterizada pelo déficit de oxigenação miocárdica, onde ocorre dor, pressão ou queimação na porção retroesternal podendo sofrer irradiação para o membro superior esquerdo, pescoço, mandíbula e costas. É um quadro clínico que demonstra melhora quando o indivíduo se mantém em repouso, porém se não for tratada, a angina pode evoluir para o infarto agudo do miocárdio. Este, por sua vez, ocorre quando uma artéria coronariana está contraída ou obstruída, parcialmente ou totalmente, fazendo com que o suprimento de sangue a uma parte do músculo cardíaco seja reduzido ou cortado totalmente, podendo levar à necrose miocárdica, morte súbita, morte tardia ou insuficiência cardíaca. Essa falta de suprimento de sangue também pode acontecer em vasos comprometidos pela aterosclerose que é uma doença inflamatória crônica na qual ocorre a formação de ateromas dentro dos vasos sanguíneos. Os ateromas são placas, compostas especialmente por lípidostecido fibroso, que se formam na parede dos vasos. Levam progressivamente à diminuição dentro dos e do diâmetro do vaso, podendo chegar à obstrução total do mesmo.

Os sintomas do infarto agudo do miocárdio são os mesmos da angina, mas são mais intensos. A dor retroesternal é superior a 30 minutos não melhorando com nitratos ou posicionamento. Em idosos a dor pode ser menos intensa, mas acompanhada de fraqueza, sudorese, síncope, náusea e vômito. A dor só acaba quando o fluxo sanguíneo é restaurado.
Se alguma parte do coração necrosar, por ocasião de um infarto, ela não é mais viável e não produzirá sintomas como dor. Então, enquanto o doente sentir dor resta tecido cardíaco viável que pode se recuperar por si ou com tratamentos adequados. Quanto antes esse tecido doente for tratado, maiores as chances de ser recuperado.

O infarto agudo do miocárdio pode ocorrer de forma silenciosa, onde não há relato de dor, e por isso o diagnóstico é feito apenas na fase aguda da doença, quando o paciente queixa-se estar desconfortável, ansioso e, com taquicardia.
O diagnóstico de doença isquêmica cardíaca será feito primeiramente através da anamnese e do exame clínico, onde deveram ser analisados sinais como fácies de angústia, ansiedade, agitação, palidez cutânea, taquisfigma, pulso irregular, febre, hipotensão, dispnéia, taquicardia, etc. No segundo momento, pede-se o eletrocardiograma em repouso e sob um teste de esforço. Se for confirmada a suspeita, é feito um cateterismo para analisar as artérias, cavidades e válvulas cardíacas. E, se necessário, outros exames poderão ser feitos como o ecodopplercardiograma e a angiotomografia.
O tratamento clínico é indicado nos seguintes casos: obstrução de somente uma artéria; obstruções menos severas; pacientes que não tenham crises de angina muito freqüentes; pacientes que foram internados em crise e que responderam bem ao tratamento e repouso realizado durante a internação. Caso o paciente esteja em um quadro mais grave, principalmente com quadro obstrutivo da artéria coronária esquerda principal ou obstruções múltiplas, é feita a angioplastia ou, a cirurgia de revascularização.
Assim como no cateterismo, um cateter é introduzido pela coronária até o local onde está a obstrução. No local estreitado, um pequeno balão é insuflado às vezes deixando um stent (pequena mola de metal) e a parte estreitada é dilatada. Depois retira-se o balão e avalia se o fluxo do sangue restabeleceu parcial ou totalmente. Já a cirurgia de revascularização (bypass) usa uma veia da perna ou uma artéria do peito para fazer uma união da aorta até um ponto além daquele em que a coronária está obstruída, a fim de permitir uma passagem do sangue. Pode ser uma medida de urgência quando acontecem acidentes durante a angioplastia. Outra indicação da colocação de pontes é a de quando os pacientes não melhoram com o tratamento clínico. A cirurgia de bypass coronário oferece uma boa oferta de sangue para as regiões anteriormente mal perfundidas.
De um modo geral a angioplastia é mais recomendada por ser menos invasiva do que a cirurgia, a hospitalização é mais breve, tem menor custo, permite um retorno precoce às atividades.
“A avaliação de risco cardiovascular deve ser iniciar aos 20 anos de idade”. Isto é o que prega a American Heart Association em suas novas "Diretrizes para a Prevenção Primária de Doenças Cardiovasculares e Acidente Vascular Cerebral: atualização de 2002", divulgadas através da revista Circulation, no dia 16 de junho de 2002. Além disso, também deve fazer parte da prevenção, realização de exercícios físicos regularmente, interromper o uso do tabaco, alimentação balanceada, ingestão de bebidas alcoólicas de forma moderada, manter um peso corporal equilibrado, realizar exames periódicos e ter bom convívio social com familiares e amigos.
A fisioterapia é importante na prevenção de complicações pulmonares e nas alterações mecânicas e funcionais do sistema respiratório, de pacientes cirúrgicos e clínicos. A fisioterapia na UTI também constitui um recurso terapêutico eficiente para tratamento e manejo dos pacientes submetidos à ventilação mecânica. Com isso, pretende-se reduzir o tempo de estadia nas UTI’s e internação hospitalar, evitar as complicações provenientes da restrição prolongada no leito, prevenir e tratar as complicações respiratórias e motoras em pós operatórios, dar apoio emocional, promover uma readaptação do paciente frente às incapacitações apresentadas a sua nova vida e proporcionar ao paciente o restabelecimento da saúde nas melhores condições possíveis para alta hospitalar.


REFERÊNCIAS 
Leia os Artigos completos:
Outros sites interessantes sobre o tema:



Vídeos interessantes sobre o tema:
Uma doença silenciosa que atinge 30 milhões de brasileiros – Publicado pelo Jornal Hoje da Emissora Globo em  24 de Abril de 2010. 
Lei antifumo pode diminuir infartos – Publicado pelo Jornal Nacional da Emissora Globo em 08 de Agosto de 2009.

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