segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Índice de idosos fumantes no Brasil

Postado por: Amandha da Silva Teixeira, Cassio Pereira Santos, Izamar dos Santos Theodoro, Marcela Magalhães Sepulveda, Mariana Picinin Velloso Buzollo, Pedro de Almeida Carneiro Novaes, Pedro Henrique Gonçalves Carvalho, Pedro Henrique Oliveira Costa, Quéren-Hapuque Rebeca Silva

Fisioterapia -2º Período PUC-MINAS - Epidemiologia

O tabagismo, antes visto como um estilo de vida é atualmente reconhecido como uma dependência química que expõe os indivíduos a inúmeras substâncias tóxicas. Considerado como grande problema de saúde pública pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo deve ser encarado como uma pandemia, responsável por cerca de cinco milhões de mortes (quatro milhões de homens e um milhão de mulheres) por ano em todo o mundo. Não havendo uma mudança de curso da exposição mundial ao tabagismo, a OMS estima que o número de fumantes do ano 2000 a 2030 passará de 1,2 bilhão para 1,6 bilhão e que o número de mortes anuais atribuíveis ao tabagismo aumentará de 4,9 para 10 milhões, dos quais 70% ocorrerão nos países em desenvolvimento.

Acredita-se que a prevalência de tabagismo entre idosos no Brasil seja em torno de 10% a 11% da população geral de fumantes. Porém, atualmente foi demonstrado que até 65 anos a prevalência de fumantes é de 11,5%, mas que cima de 65 anos é de 8% e 35,3% de ex-fumantes.

Os fatores associados ao tabagismo, estão relacionados as características socioeconômicas, a escolaridade, e o uso de serviços de saúde. Verifica-se que quanto mais baixa a condição socioeconômica e menor o nível de escolaridade, mais o idoso fuma. As crianças de nível socioeconômico mais baixo também começam a fumar mais cedo e 50% dos adolescentes que experimentam o cigarro se tornam fumantes.

O tabagismo é diretamente responsável por 90% das mortes por câncer de pulmão, 25% das mortes por doença coronariana, 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica e 25% das mortes por doença cerebrovascular,outras doenças que também estão relacionadas ao uso do tabaco são aneurisma arterial, trombose vascular, úlcera do aparelho digestivo, infecções respiratórias e impotência sexual no homem.


CUSTOS DOS FUMANTES PARA O SUS:

- O cigarro provoca um prejuízo anual para o sistema público de saúde de, pelo menos, R$ 338 milhões, o equivalente a 7,7% do custo de todas as internações e quimioterapias no País.


- Quase 8% dos gastos do sistema vão para doenças ligadas ao cigarro e são disponibilizados para hospitalizações e terapias quimioterápicas em pacientes de 35 anos ou mais, vítimas de 32 doenças comprovadamente associadas ao tabagismo (alguns tipos de câncer, problemas respiratórios e circulatórios)


- Revela-se que a terapia de um paciente com câncer custa, em média, R$ 29, mil. O tratamento de câncer do esôfago, R$ 33,2 mil, e o de laringe, R$ 37,5 mil. Se todos os casos novos desses três tipos de câncer causados pelo cigarro procurarem o sistema público, o gasto calculado é de R$ 1,12 bilhão. Esse levantamento foi feito através da trajetória de fumantes internados em dois centros de referência para tratamento de câncer e problemas cardíacos: o Instituto Nacional de Câncer (Inca) e o Instituto Nacional de Cardiologia (INC)


- O preço do cigarro brasileiro é o sexto mais barato do mundo.


BIBLIOGRAFIAS:


PEIXOTO.V.F,FIRMO.J.O, Condições de saúde e tabagismo em idoso,Revista saúde publica,Rio de Janeiro,22(9):1925-1934,set,2006


CAMPOS,H.S,Tabagismo no Brasil,J.Pneumol,1992,18(1):1-9


GIATTI, L. A Situação sócio econômica afeta igualmente a saúde de idosos e adultos mais jovens no Brasil? Um estudo utilizando dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio – PNAD/ 98. Ciência e Saúde Coletiva 2002;7:285-295.


SITES:


www.actbr.org.br


http://www.serasaexperian.com.br


http://revista.unati.uerj.br/www.inca.gov.br/vigilancia/fatores_de_risco


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